Fui parar na Irlanda totalmente ignorante sobre cervejas e mais ainda sobre a Guinness. Sim, é verdade. Provavelmente eu tinha alguma imagem do logotipo dela lá nas camadas mais profundas da minha memória. Mas lá no fundo mesmo. Dessas coisas que a gente olha, mas não vê.
Pois bem, para quem não sabia rigorosamente nada sobre a Guinness, eu saí da Irlanda com algum conhecimento sobre o tema e uma curva de aprendizado mais íngreme do que a trilha do Costão de Itacoatiara.
Meu primeiro contato com essa bebida foi no primeiro dia em que cheguei a Dublin. Minha amiga e companheira dessa viagem me ofereceu uma bebida e disse: “Vou pedir a Guinness, que é típica daqui.” Naquele momento, eu tinha o conhecimento nível zero e apenas aceitei. A cor da cerveja no copo me pareceu muito agradável, a espuma era bastante densa e bela e o sabor, bastante amargo para o meu paladar, mas isso já era de se esperar. A cerveja estava ótima. Quem estava ruim era eu! Tudo uma questão de ponto de vista, afinal. Não estou sendo irônica.
Ao longo da viagem pela Irlanda, a Guinness e eu nos esbarramos em outras ocasiões mais. Algumas dessas vezes, apenas acenamos uma para a outra, educadamente, não ocorrendo nenhum contato físico. No último dia, porém, fui convidada a visitar a sua casa. No roteiro do tour que comprei, estava programada uma ida à Guinness Storehouse, museu e antiga fábrica onde esta cerveja guarda as suas origens.
Foi lá onde fiquei sabendo o que meio mundo já devia saber. Por exemplo, que o seu sabor característico e que faz tanto sucesso pelo planeta é resultado da combinação dos seus ingredientes naturais que são: a cevada de grão tostado, o lúpulo, o lêvedo e a água. Aliás, a cor escura da Guinness se deve ao fato de o grão ser tostado.
Muito apreciada e produto de relevância turística, por assim dizer, a Guinness tem como pai, o empreendedor Arthur Guinness que, aos 34 anos, em 1759, decidiu começar a sua própria cervejaria em St. James’ Gate, na cidade de Dublin. No início, produzia apenas cerveja tipo ale que, segundo os meus conhecimentos adquiridos, é a cerveja clara. Foi um sucesso e, em 1778, teve a iniciativa de fazer a cerveja escura (tipo porter). Em 1799, deixou de fabricar a ale para dedicar a produção exclusivamente à porter.
Hoje, o local onde o Sr. Arthur começou o seu império é um museu de sete andares que conta a história que, em parte, eu assimilei. Além da cenografia narrativa e imersiva, o museu oferece oportunidades de se provar a Guinness ao longo da visita. No último andar, está o Gravity Bar, onde os visitantes podem apreciar uma vista de 360° da cidade, além de serem servidos de mais um copo da cerveja, com o mimo de um trevo desenhado por pressão na espuma.
Como negócio, achei fantástico. Um empreendimento que se destacou no meio das cervejas inglesas, que eram as que dominavam na época, inovou no tipo da bebida e desenvolveu uma marca forte que, além de conquistar mercados, é praticamente um símbolo nacional.
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Meu marido é que iria adorar esse passeio.
Eu acharia legal também pelo lado histórico mas cerveja amarga pra mim não dá… não tenho bom gosto pra cerveja hahaha só gosto das doces…
Bjs
Paula, eu também. Tomei a Guinness e consegui apreciar, mas sei que o que eu senti não se compara ao que muitas pessoas sentem ao beber cerveja. As pessoas adoram! Acho que eu que estou ruim para cervejas. :)