O lado paradisíaco de Formentera

Uma ilha ao horizonte. O mar é transparente perto da costa e azul de diferentes tons mais ao longe.

Praia de Illetes (pronuncia-se Ilhetas). As águas mais cristalinas que já vi.

A primeira vez que fui a Formentera foi em 2009. Minha intenção era conhecer Ibiza e, estando lá, me lembrei da recomendação de uma das meninas que dividiam apartamento comigo em Barcelona: “Aproveita para visitar Formentera. Está perto de Ibiza e é muito bonita.” E lá fui eu, conhecer essas duas ilhas pertencentes à comunidade autônoma das Ilhas Baleares, na Espanha.

Naquela ocasião, achei a ilha linda mas, como estava hospedada em Ibiza, dediquei a Formentera apenas algumas horas de um dia que, infelizmente, estava nublado. Mesmo assim, as paisagens eram de babar.

A segunda vez em que estive lá, que sem dúvida não será a última, foi há poucos dias, no final de maio de 2015. Mas, desta vez, Formentera figurou como a estrela da viagem. Ibiza foi apenas passagem. Sim, quem deseja ir a Formentera, deve ir a Ibiza primeiro e, lá, pegar um catamarã. Eu me senti como nos velhos tempos!

O que dizer de um lugar que mais parece um paraíso? Um rendering com cores, formas, texturas e luzes perfeitamente estudadas e designadas. Mares de transparência irreal. De azuis — sim, no plural — inebriantes. De ondas gentis de cadência perfeita para uma medrosa como eu. De peixinhos destemidos que nadam com os humanos. Se existisse um balcão de atendimento da vida e eu pudesse, ali, fazer um pedido de uma praia perfeita, qualquer uma das praias de Formentera atenderia essa demanda com louvor.

Praia de águas cristalinas e de diferentes tons de azul.

Praia de Ses Roquetes. Águas tranquilas mas com algumas rochas.

Lá, a única coisa que eu poderia dizer que fica a desejar seria o entorno. Ainda não vi, fora do Estado do Rio de Janeiro, nenhuma praia que fosse contemplada pelo abraço exuberante de rochas e montanhas cobertas com árvores frondosas. Mas isso porque estou sendo muito chata. As belas imagens que captei mostram que Formentera é sim espetacular.

Fiquei me perguntando por que as águas são tão cristalinas! E, depois, fui perguntar ao Google. Ele me respondeu que a transparência das águas ali tem como forte aliada uma planta aquática chamada posidônia (Posidonia oceanica). Eu me lembro de tê-la visto lá! Ela realiza fotossíntese e, assim, oxigena a água, além de filtrar a areia e frear as correntes marítimas e as ondas. Obrigada, posidônia! Porém, sobre os diferentes tons de azul do mar, eu não consegui chegar a nenhuma conclusão. Quem souber, por favor, que me explique. ;)

Estrada de terra e casas de arquitetura bem simples: praticamente cubos de cor bege.

É desejável que a arquitetura seja bem simples e se “mimetize” no ambiente.

O lugar é bastante concorrido no verão e os preços sobem de um jeito sem vergonha nessa época do ano. Um rapaz que trabalha ali como fotógrafo, nas praias, oferecendo seu trabalho, contou que, em um supermercado comum, o quilo de bananas pode passar de 2 euros a 10! Indigesto.

Eu de pé dentro do mar de água cristalina. A água chega na metade das minhas canelas.

Depois eu tirei o vestido. Mas o biquíni, não. :)

Sem contar que no verão, segundo ele, a distância entre toalhas na areia é de, basicamente, 3 cm! Socorro! Como fui no final da primavera, havia espaço suficiente. E os preços estavam possíveis de serem pagos.

Quando estive lá pela primeira vez, não sei por quê, fiquei com a impressão de que Formentera pertencia a Ibiza. Mas, procurando conhecer mais sobre o assunto, fiquei sabendo que, desde 2007, Formentera tem a sua própria instituição de governo. Antes disso, as duas estavam sob a mesma instituição. Minha impressão faz algum sentido.

Falando em Ibiza, muito se ouve sobre ela. Festas famosas, raves varando a noite, agitos e até drogas. Em 2009, quando minha prima espanhola soube que eu tinha ido a Ibiza, ela me disse: “Ou você mudou muito ou eu te conheço muito pouco.” De fato, Ibiza tem essa fama e não é à toa. Porém, vale lembrar que cada um faz o seu turismo como bem entende. Há quem vá a Paris e não visite um museu sequer. E também há quem vá a Ibiza e não vá a uma boate sequer. E, óbvio, há quem vá a boates e não consuma drogas. Para mim, isto é mais claro do que as águas de Formentera.

Ao contrário de Ibiza, a sua vizinha tem uma pegada mais leve. O seu marketing é o da tranquilidade e sossego. Do prazer de se aproveitar o dia deitado na areia e nadando no mar e da satisfação de testemunhar, à tardinha, um pôr do sol que é um verdadeiro espetáculo.

Águas cristalinas e um cais com duas pessoas sentadas.

Em Illetes. Que água! Eu não sou nenhuma das duas pessoas ali.

Imagem do pôr do sol.

O Sol terminando mais um expediente. No dia seguinte, ele voltou.

Formentera me pareceu ter uma atmosfera mais naturista, por assim dizer. Em algumas praias era comum a prática do nudismo. Fiz um esforço para não enquadrar ninguém nas fotografias, pois tinha receio de parecer inconveniente.

Para se locomover por lá, o melhor é alugar um carro, uma moto ou uma bicicleta, conforme a necessidade. Nada como poder visitar diversas praias das mais lindas do mundo! E, para isso, é preciso um pouco mais do que dois singelos pés andarilhos.

Fiquem agora com mais das extasiantes paisagens de Formentera!

Mar azul esverdeado e rochas.

Posso com esse azul esverdeado?

Caminho de madeira, bougainvilles em primeiro plano. No horizonte se vê uma parte do mar bem azul.

Caminho até a praia de Cala Saona.

Construção antiga e a Lua.

Uma antiga torre de defesa e a Lua.

Um lagarto pequeno e verde, de perfil, sobre uma pedra.

Sargantana, um lagartinho típico do local.

Cacto florido em primeiro plano e céu azul ao fundo.

Cactos em flor! Ai, ai..

Duas gaivotas e o mar ao fundo.

E como não esperar por elas? Gaivotas, sempre presentes.

O farol na beira de um penhasco e o mar.

Faro de Mola, um farol que é ponto turístico.

Detalhe da água cristalina em close.

Viva a água!

Detalhe de um volante e as mãos de uma pessoa dirigindo um carro sob o sol poente.

Desbravando rincões pela ilha!

Um iate no horizonte. O mar de águas cristalinas e diferentes tons de azul sempre presente.

Havia quem dizia que esse barco era o iate de Giorgio Armani. Parece militar.

Detalhe de uma cerca, vegetação e o mar ao fundo.

As mais belas cores, mesmo em uma tarde nublada.

Detalhe da água cristalina com sombras das próprias ondas no fundo, ou seja, na areia que se pode ver por ser a água transparente.

Foto onírica. Fiquem com esta tranquilidade.

3 pensou em “o lado PARADISÍACO de FORMENTERA

  1. Maria Cidalia de Figueiredo Rivas

    Adriana,
    A tal da “posidônia” é tudo de bom. As fotos parecem que foram tiradas com uma câmera especial que tem um filtro especialíssimo para criar esses vários tons de verde e azul. É muito lindo!
    Fiquei pensando: Será que a variação dos tons não se dá pela maior ou menor quantidade de oxigênio na água? Bom, não sei, mas “VIVA A POSIDÔNIA!!!!”
    Bjs!

    Responder
    1. facebook-profile-pictureAdriana Rivas Autor do post

      Não sei. Mas valeu pela tentativa! :) O curioso é que os diferentes tons não são vistos apenas de longe. Quando a pessoa está dentro da água, também vê a diferença entre um lugar azul mais claro, outro azul mais escuro e outro verde. É incrível!

      Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *