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A tranquilidade de poder ir ao banheiro em todo e qualquer lugar faz de qualquer dia um dia perfeito. :)

Uma das coisas que eu tinha curiosidade de conhecer no Japão era o tão famoso e comentado banheiro. Afinal, um banheiro projetado para proporcionar tanto conforto e comodidade é digno de interesse.

E o nosso primeiro contato foi logo no aeroporto de Tóquio (Haneda). Porém, sabe-se lá por quê, preferi não fazer valer todo o seu potencial, terminando por usar o papel higiênico, sem mais.

Olhem o bonitão aí! E todos os seus complementos. ;)

Durante toda a minha estância lá, tive inúmeras oportunidades, no entanto. Um vaso sanitário nesses moldes é o mínimo que se pode esperar de um banheiro no Japão. Mas, “de que você está falando, Adriana?”

Oras, se você ainda não sabe, os vasos sanitários japoneses são conhecidos por darem um banho de tecnologia. E de água também. Começa que, logo que a pessoa senta no vaso, o assento está morninho e isso, minha gente, é um aconchego que você nem sabia que precisava até você experimentar. Principalmente nos dias frios.

Muitos deles também começam a fazer um barulho de água, logo que a pessoa se senta. Eu fiquei na dúvida se era água mesmo que estava correndo (para encher o reservatório) ou se era um som artificial, já que alguns exemplares tinham som mesmo, com um botão de liga/desliga e volume no painel de controle. Acho que conheci modelos diferentes, com as duas possibilidades.

Os vasos sanitários dos hotéis não tinham som, de modo que o barulhinho de água correndo era realmente da água se preparando para entrar em ação.

Pois muito bem, a pessoa faz o que tem que fazer e voilá! Para a higiene pessoal, há dois botões diferentes: um se chama “rear” e o outro, “front”. Rear” para se a pessoa fez cocô e “front” para se fez xixi. E é claro que a minha grande questão era: “Um simples chuveirinho seria capaz de fazer o serviço?”

Muitos botões para explorar.

Porque há que se notar, o papel higiênico de lá era como se fosse um papel de seda. Fino e quase transparente. Não dava para contar com esse papel. Vamos embora usar esse chuveirinho e seja o que Deus quiser!

Como eu era novata na questão, não passava nem uma agulha, se é que me entendem. Tome-lhe água e tome-olhe água e eu ali, na defensiva. Quando achei que estava bom, por haver transcorrido certo tempo, apertei o botão “stop”. Era momento da prova de fogo: passar o papel, né? Confesso que estava incrédula sobre a eficiência desse jato de água.

“Fuén fuén fuén fuén fueeeeén…” O papel saiu carimbado! Oh no! Pensei: “Não é possível! Então este vaso é uma fraude? Está todo mundo assim, de furico sujo? Não posso acreditar. Não quero acreditar!”

Ocorre que, na segunda oportunidade, já havíamos conquistado certa intimidade. O segredo para o sucesso, afinal, é: relaxar. Aliás, em muitas searas da vida. Sucesso!

Este apetrecho eu achei muito legal! É um porta-bebês. Isto é design, minha gente!
Pareço assustada mas estou maravilhada.

Vejam também:

:: o lado LIMPO do JAPÃO ::

Começar a história com este título é até injusto, já que, ao que me parece, o lado limpo do Japão é todo e qualquer lugar. E, se não é verdade, é, definitivamente, para a maioria dos lugares de lá. Eu nunca havia caminhado antes por ruas tão asseadas.

Nem um pingo de nada no chão, nem mesmo uma migalha, um papel, uma bituca de cigarro. Aliás, é proibido fumar em grande parte das ruas. Sim, das ruas! Ao ar livre. É proibido fumar. Algo que achei ótimo porque, como já disse em outras ocasiões, fumaça se expande e chega ao nariz e aos cabelos das outras pessoas, mesmo que o fumante faça um biquinho para expeli-la para outro lado.

Pois muito bem, nada de resíduos no chão. Bom, para não dizer que não havia lixo, alguma coisa ou outra eu vi, sim. Mas chegava até a saltar aos olhos, tamanha discrepância com o que é comum por ali.

Antes de me propor visitar esse país, eu já havia ouvido falar sobre esta característica do local, de modo que não me surpreendeu. “Sabia que no Japão não lixeiras nas ruas?” “Todo mundo guarda o seu lixo na bolsa” eram algumas das falas que ouvia sobre o Japão e os japoneses. E eu pensava:

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O dia estava quente e úmido. Nenhuma novidade, já que era o que esperávamos ao estarmos no meio de uma floresta perto da linha do Equador.

A noite tinha sido restauradora graças ao ventilador que trabalhou durante todo o tempo, refrescando e impedindo que os mosquitos pudessem pousar nas nossas peles.

No momento em que me levantei e saí do foco do ventilador, me transformei numa vela derretendo ou algo parecido. Mesmo sabendo que a situação não iria melhorar muito, fui tomar um banho. A validade do banho durou o momento do banho mesmo. Foi sair do chuveiro e voltar ao modo de derretimento.

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O lado bucólico de Nova York.

Antes de eu conhecer Nova York, em julho de 2019, as pessoas que sabiam que eu em breve estaria lá, me diziam que a cidade era bem parecida com o que temos visto em incontáveis filmes e séries. O corre-corre, os estereótipos, o Central Park, as lojas etc. e tal.

Ocorre que, quando vamos com uma ideia na cabeça, é bastante provável que a experiência seja, na hora H, diferente do esperado. E suspeito que, porque eu pensei que não ia me surpreender com quase nada, me admirei com quase tudo.

Um dos passeios dos quais mais gostei foi a pequena caminhada pelo High Line Park. Ninguém me falou desse lugar e nunca o tinha visto em nenhum filme. Tomei conhecimento da sua existência através de um vídeo no YouTube e, nesse vídeo, o lugar nem aparecia direito, já que a moça que o gravou esteve lá em um dia de muito vento e, bem… Para ela, não foi uma boa experiência.

CONTINUA…
Mar Morto. Ou… Mar Esmaecido, azul bebê, esfumado.

E chegou o dia de conhecer o Mar Morto! Quem diria?! Tinha curiosidade há tempos mas confesso que nunca procurei saber muito sobre ele. Sabia que as pessoas boiavam lá devido à alta salinidade das suas águas e também vinham lampejos de memória de haver visto produtos de beleza associados às suas propriedades medicinais. Mas era só.

Por causa do seu nome, creio eu, a imagem mental que eu tinha era de um mar de coloração densa e opaca e rodeado de uma paisagem hostil e tristonha.

Porém… chegou o dia de conhecê-lo e lá fomos nós!

CONTINUA…


O lado incomum de Meteora

É mesmo de tirar o fôlego!

Quem gosta de paisagens incomuns de tirar o fôlego pode deixar de ir a Meteora sim. Mas perderá uma grande oportunidade de ser testemunha de um deslumbrante conjunto de rochas que soberbamente parecem se erguer de um vale, na região da Tessália, na Grécia.

Meteora significa, em grego, “suspenso no ar” e, de fato, tinha pedregulho ali que desafiava a minha percepção visual. Algumas rochas menores pareciam estar equilibradas em rochas maiores e nas mais esdrúxulas posições. Juro!

A teoria mais aceita sobre como se formou Meteora sustenta que ali, naquele vale, havia um lago que acumulava sedimentos levados por um rio. Devido à movimentação das placas tectônicas, a água do então lago escoou para o mar Egeu, fazendo aparecer o conjunto de rochas formadas pelo acúmulo desses sedimentos trazidos pelo antigo rio. Terremotos, chuvas e ventos ajudaram a esculpir essas belezas.

CONTINUA…


O lado autoritário de um guia.

Belas mesquitas no centro histórico do Cairo.

Era a última noite do último dia de excursão pela cidade do Cairo. Em companhia do grupo, que se resumia a uma adorável família que vivia em Madri, eu havia passado quatro dias intensos, de cultura e conhecimento, e relaxantes, de conversas e gargalhadas.

Esses quatro dias no Cairo tinham sido a segunda parte da viagem, que começou com um cruzeiro pelo Nilo, com paradas nas cidades que haviam sido as principais no Antigo Egito. No cruzeiro, o nosso guia era outro, bastante diferente do guia da excursão em terra. Todas as pessoas são diferentes entre si, claro. Mas esse guia do Cairo chamou a minha atenção por diversos motivos, os quais contarei aos poucos.

Como tudo que começa tem um fim, lá estávamos nós, contentes que só, aproveitando as últimas horas do último dia, sempre em companhia do guia. Ele nos levou para jantar em um restaurante que tinha uma parte externa com mesinhas e cadeiras. A ideia era experimentar mais alguma comida típica dali. Pedimos arroz enrolado em folhas de parreira e, para complementar, um prato de frango com arroz e especiarias.

Eu disse que esse guia era peculiar, não? Pois bem. Desde o primeiro dia, ele Continue reading “o lado AUTORITÁRIO de UM GUIA” »