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Começar a história com este título é até injusto, já que, ao que me parece, o lado limpo do Japão é todo e qualquer lugar. E, se não é verdade, é, definitivamente, para a maioria dos lugares de lá. Eu nunca havia caminhado antes por ruas tão asseadas.

Nem um pingo de nada no chão, nem mesmo uma migalha, um papel, uma bituca de cigarro. Aliás, é proibido fumar em grande parte das ruas. Sim, das ruas! Ao ar livre. É proibido fumar. Algo que achei ótimo porque, como já disse em outras ocasiões, fumaça se expande e chega ao nariz e aos cabelos das outras pessoas, mesmo que o fumante faça um biquinho para expeli-la para outro lado.

Pois muito bem, nada de resíduos no chão. Bom, para não dizer que não havia lixo, alguma coisa ou outra eu vi, sim. Mas chegava até a saltar aos olhos, tamanha discrepância com o que é comum por ali.

Antes de me propor visitar esse país, eu já havia ouvido falar sobre esta característica do local, de modo que não me surpreendeu. “Sabia que no Japão não lixeiras nas ruas?” “Todo mundo guarda o seu lixo na bolsa” eram algumas das falas que ouvia sobre o Japão e os japoneses. E eu pensava:

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O dia estava quente e úmido. Nenhuma novidade, já que era o que esperávamos ao estarmos no meio de uma floresta perto da linha do Equador.

A noite tinha sido restauradora graças ao ventilador que trabalhou durante todo o tempo, refrescando e impedindo que os mosquitos pudessem pousar nas nossas peles.

No momento em que me levantei e saí do foco do ventilador, me transformei numa vela derretendo ou algo parecido. Mesmo sabendo que a situação não iria melhorar muito, fui tomar um banho. A validade do banho durou o momento do banho mesmo. Foi sair do chuveiro e voltar ao modo de derretimento.

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O lado bucólico de Nova York.

Antes de eu conhecer Nova York, em julho de 2019, as pessoas que sabiam que eu em breve estaria lá, me diziam que a cidade era bem parecida com o que temos visto em incontáveis filmes e séries. O corre-corre, os estereótipos, o Central Park, as lojas etc. e tal.

Ocorre que, quando vamos com uma ideia na cabeça, é bastante provável que a experiência seja, na hora H, diferente do esperado. E suspeito que, porque eu pensei que não ia me surpreender com quase nada, me admirei com quase tudo.

Um dos passeios dos quais mais gostei foi a pequena caminhada pelo High Line Park. Ninguém me falou desse lugar e nunca o tinha visto em nenhum filme. Tomei conhecimento da sua existência através de um vídeo no YouTube e, nesse vídeo, o lugar nem aparecia direito, já que a moça que o gravou esteve lá em um dia de muito vento e, bem… Para ela, não foi uma boa experiência.

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Mar Morto. Ou… Mar Esmaecido, azul bebê, esfumado.

E chegou o dia de conhecer o Mar Morto! Quem diria?! Tinha curiosidade há tempos mas confesso que nunca procurei saber muito sobre ele. Sabia que as pessoas boiavam lá devido à alta salinidade das suas águas e também vinham lampejos de memória de haver visto produtos de beleza associados às suas propriedades medicinais. Mas era só.

Por causa do seu nome, creio eu, a imagem mental que eu tinha era de um mar de coloração densa e opaca e rodeado de uma paisagem hostil e tristonha.

Porém… chegou o dia de conhecê-lo e lá fomos nós!

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O lado incomum de Meteora

É mesmo de tirar o fôlego!

Quem gosta de paisagens incomuns de tirar o fôlego pode deixar de ir a Meteora sim. Mas perderá uma grande oportunidade de ser testemunha de um deslumbrante conjunto de rochas que soberbamente parecem se erguer de um vale, na região da Tessália, na Grécia.

Meteora significa, em grego, “suspenso no ar” e, de fato, tinha pedregulho ali que desafiava a minha percepção visual. Algumas rochas menores pareciam estar equilibradas em rochas maiores e nas mais esdrúxulas posições. Juro!

A teoria mais aceita sobre como se formou Meteora sustenta que ali, naquele vale, havia um lago que acumulava sedimentos levados por um rio. Devido à movimentação das placas tectônicas, a água do então lago escoou para o mar Egeu, fazendo aparecer o conjunto de rochas formadas pelo acúmulo desses sedimentos trazidos pelo antigo rio. Terremotos, chuvas e ventos ajudaram a esculpir essas belezas.

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O lado autoritário de um guia.

Belas mesquitas no centro histórico do Cairo.

Era a última noite do último dia de excursão pela cidade do Cairo. Em companhia do grupo, que se resumia a uma adorável família que vivia em Madri, eu havia passado quatro dias intensos, de cultura e conhecimento, e relaxantes, de conversas e gargalhadas.

Esses quatro dias no Cairo tinham sido a segunda parte da viagem, que começou com um cruzeiro pelo Nilo, com paradas nas cidades que haviam sido as principais no Antigo Egito. No cruzeiro, o nosso guia era outro, bastante diferente do guia da excursão em terra. Todas as pessoas são diferentes entre si, claro. Mas esse guia do Cairo chamou a minha atenção por diversos motivos, os quais contarei aos poucos.

Como tudo que começa tem um fim, lá estávamos nós, contentes que só, aproveitando as últimas horas do último dia, sempre em companhia do guia. Ele nos levou para jantar em um restaurante que tinha uma parte externa com mesinhas e cadeiras. A ideia era experimentar mais alguma comida típica dali. Pedimos arroz enrolado em folhas de parreira e, para complementar, um prato de frango com arroz e especiarias.

Eu disse que esse guia era peculiar, não? Pois bem. Desde o primeiro dia, ele Continue reading “o lado AUTORITÁRIO de UM GUIA” »


O lado prático de viajar com cachorro em avião.

Lupe eu com tulipas na Holanda.

No parque Keukenhof, em Lisse, na Holanda.

Tenho uma grande amiga que mora com minha grande Mamãe, no Brasil. A vinda da minha mãe a Madri era algo já muito desejado há bastante tempo. Quando houve a oportunidade, decidimos que Lupe, essa grande amiga minha, viria também a Madri com a nossa querida Mamãe.

Lupe é uma cachorrinha yorkshire terrier. É pequenina e muito atenta e carinhosa. As coisas de que ela mais gosta de fazer são: passear, cheirar todas as pedras, postes, manchas pelo caminho, fazer quinhentos xixis, fazer festinha para praticamente todos os humanos que encontra, tomar aguinha de coco, comer pedacinhos de banana e ficar grudada na Mamãe. Essa Mamãe é a minha mãe. Mamãe é o nome da minha mãe para Lupe, meu irmão e eu.

Por isso, nada mais coerente que ela viesse também a Madri. Lupe entende muitas coisas, mas ela não sabe compreender o que é um dia, um mês ou dois meses. Como houve pessoas que saíram de casa e nunca mais voltaram (não estou me referindo a mim), por que deixar a bichinha apreensiva, em casa, enquanto a Mamãe viaja durante dois meses? Mesmo sabendo que ela seria muito bem cuidada pelo meu irmão, decidimos que Lupe viajaria de férias com a Mamãe. Continue reading “o lado PRÁTICO de VIAJAR COM CACHORRO EM AVIÃO” »