O lado divertido e curioso de Londres

A fachada do museu.

Ô, fachada maravilhosa!

Uma das atrações imperdíveis em Londres é o Natural History Museum. Eu, que já trabalhei em um museu de ciências, adoro esse tipo de programa e, por isso, sempre que tenho a oportunidade de visitar alguma instituição dessas, é o que faço. Claro, né? Não sou masoquista.

Ao contrário do que ocorre em muitos lugares do mundo, em Londres, vários museus têm entrada grátis! Não é uma maravilha? Em compensação, a entrada a igrejas é paga. Acho uma boa troca.

Até porque os museus costumam ser enormes, cheios de seções, com milhares de plaquinhas informativas para serem lidas, um zilhão de peças ou espécimes para serem observados e um conteúdo gigante para ser compreendido. Em uma única visita é humanamente impossível de se conhecer tudo que um museu tem a apresentar. Por isso, acho excelente que a entrada seja grátis. Assim, podemos voltar quantas vezes quisermos, sem gastar mais por isso. Além disso, o conteúdo de um museu pode mudar ou ser ampliado. Uma segunda ou terceira visita pode dar a chance de se conhecerem novos acervos e atrações.

E o Natural History Museum já começa dando um show com a sua carcaça. A sua fachada é de uma beleza embasbacante. Com jeito de arquitetura românica, à primeira vista parece ser um edifício normal de determinada época e que foi utilizado para ser um museu. Esta foi a minha impressão, pelo menos.

Aí, enquanto estou na fila, esperando para entrar, bato os olhos numa criaturinha alada de bico serreado. Uns metros à direita, mais um animalzinho. Subo um pouco mais o olhar e… pimba! Mais um bichinho! Ou seja, não só o edifício foi projetado para ser o Museu de História Natural, como a decoração da fachada também exibe detalhes relacionados a esse tema. E o que eu mais gostei foi o bom-humor da sua arquitetura. Sim, pois em uma olhada preliminar, o prédio é “apenas” mais uma construção antiga, muito bem integrada ao seu entorno. Porém, um olhar mais aguçado revela elementos totalmente inesperados.

Não é à toa, então, que o museu foi chamado de Catedral da Natureza! A sua entrada, por fora, lembra mesmo uma igreja.

O museu está dividido em quatro áreas: vermelha, verde, azul e laranja. Elas são independentes  e o visitante pode começar por onde quiser. Eu iniciei a visita pela verde, mas recomendo começar pela vermelha que é a que trata da história da Terra, sua formação e geologia.

Eu subindo em uma escada rolante ao interior de um modelo de planeta Terra em formação.

E aí vou eu! Um modelo gigante (bem… miniatura, né) do nosso planeta em formação.

Uma escada rolante leva ao nosso planeta ainda em tenra idade. Ali pode-se conhecer as conclusões a que pesquisadores chegaram sobre as forças que moldaram nosso mundo. Também trata da evolução da espécie humana e o funcionamento de vulcões e terremotos. Há uma instalação bem curiosa que representa, cenograficamente, um supermercado no Japão. De repente, o chão começa a se mover, como se você fosse um habitante japonês e estivesse experimentando um pouco do que é um terremoto em uma situação cotidiana.

A área verde conta sobre as relações entre diversas formas de vida e o meio-ambiente. Uma gracinha de vila mostra a variedade de insetos e outros atrópodes que compartilham o mesmo teto conosco, os humanos. Em outra seção, uma réplica de fóssil de Plesiossauro enfeita a parede e faz brilhar, merecidamente, sua descobridora, a paleontóloga britânica, Mary Anning.

Réplica de esqueleto de plessiosauro na parede.

Olha ele aí! O plessiosauro.

Uma fachada de casa cenográfica com uma joaninha é um besouro gigantes.

É óbvio que eu adorei essa joaninha gigante!

Ainda na verde, aves, minerais e fósseis britânicos são temas desenvolvidos com muita diversidade de exemplos.

Já a área azul vem cheinha de dinossauros! Desde muito tempo, esses monstros que habitaram a Terra são estrelas do museu. Além de réplicas de esqueletos de diplodocus e estegossauro, o NHM conta com modelos mecatrônicos. Tem um Tiranossauro que faz um sucesso com as crianças! Mas o que eu mais gostei foi de um dinossaurinho que dormia tranquilamente na exposição. Seus movimentos simulavam a forma como acredita-se que esses répteis respiravam. De vez em quando, movia bruscamente a cauda, fazendo quase real o sonho de muitas pessoas de ver um dinossauro vivo. Eu tinha um vídeo dessa gracinha, mas fiz o desserviço de apagá-lo, sem querer! Mas a solução é simples: voltar lá e filmar de novo. :-)

Duas fotos: uma do interior do museu e outra de um modelo de tiranossauro.

Belezinha de arquitetura. Ao lado, Tiranossaurus Rex, o rei que dispensa apresentações.

É também na área azul que se situa o incrível esqueleto de baleia azul! Mas, infelizmente, não o vi. Estive horas dentro do museu e, mesmo assim, não fui capaz de ver tudo.

Por fim, temos a área laranja, onde estão o Darwin Centre e o Wildlife Garden. Essa sim, passou totalmente em brancas nuvens. Não vi nadinha. Eu já estava com fome e acabei deixando para uma outra ocasião. A área laranja! Não a comida, claro.

Well, o Natural History Museum é um mundo de conhecimento, entretenimento e diversão. Para aqueles que já visitaram outros museus de ciência mais modernos e possam cair na tentação de fazer comparações: não façam. O NHM é referência em taxonomia, identificação e conservação. Sendo bastante antigo, tem um valor não só científico, mas também histórico. É grátis! Recebe a todos de braços abertos.

Esqueleto de um megatherium, uma preguiça gigante.

Eu tinha que fazer essa micagem ao lado do esqueleto de uma preguiça gigante.

Sobre o NHM:

* Site oficial

Veja também:

:: o lado FOFO de UMA LEMBRANÇA ::

:: o lado PESSOAL de STONEHENGE ::

Uma foto de modelos de pássaros e uma do hall de entrada com um esqueleto de diplodocus.

Olha o diplodocus aí, gente! Carinhosamente chamado de DIppy. À esquerda, modelos de pássaros.

Uma árvore cheia de modelos de pássaros.

Uma árvore de aves! Quase um trava-língua.

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