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O dia estava quente e úmido. Nenhuma novidade, já que era o que esperávamos ao estarmos no meio de uma floresta perto da linha do Equador.

A noite tinha sido restauradora graças ao ventilador que trabalhou durante todo o tempo, refrescando e impedindo que os mosquitos pudessem pousar nas nossas peles.

No momento em que me levantei e saí do foco do ventilador, me transformei numa vela derretendo ou algo parecido. Mesmo sabendo que a situação não iria melhorar muito, fui tomar um banho. A validade do banho durou o momento do banho mesmo. Foi sair do chuveiro e voltar ao modo de derretimento.

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Há um tempo, eu lamentei o fato de elas terem desaparecido. Eram apenas lembranças de uma infância vivida nos anos 80. Que bichinhos graciosos, com suas carapaças vermelhas crivadas de pontinhos pretos! Insetos que traziam, com as suas presenças, encantamento e alegria. Algo bastante difícil para um inseto, convenhamos. Principalmente nas cidades, onde os principais exemplares estão associados à sujeira. Sujeira gerada por nós, diga-se de passagem. Fiquei me sentindo mal agora. Pobres das baratas!

Alguns, para não dizer todos que me conhecem, já devem ter percebido que eu adoro joaninhas. E, de alguma forma, parece que elas vêm me seguindo por onde eu vou. Nem sempre foi assim, mas um dia desejei que elas voltassem a aparecer. E não é que aconteceu? A primeira, aliás, veio ao meu encontro em Gizé, no Egito. Estava eu no ônibus da excursão, quando surge uma pequenina no lado de dentro da janela. Um pouquinho mais achatada do que eu esperava para uma joaninha e com as pintinhas um tanto sobressaltadas, como em um ligeiro alto-relevo. Zás! Capturei aquele momento numa foto. Era um marco na minha nova fase. Não sei qual fase, mas uma fase com joaninhas, ah, isso era!

CONTINUA…
Mar Morto. Ou… Mar Esmaecido, azul bebê, esfumado.

E chegou o dia de conhecer o Mar Morto! Quem diria?! Tinha curiosidade há tempos mas confesso que nunca procurei saber muito sobre ele. Sabia que as pessoas boiavam lá devido à alta salinidade das suas águas e também vinham lampejos de memória de haver visto produtos de beleza associados às suas propriedades medicinais. Mas era só.

Por causa do seu nome, creio eu, a imagem mental que eu tinha era de um mar de coloração densa e opaca e rodeado de uma paisagem hostil e tristonha.

Porém… chegou o dia de conhecê-lo e lá fomos nós!

CONTINUA…


O lado tarado de um quati.

Uma das últimas fotos tiradas.

Contemplar as Cataratas do Iguaçu é algo realmente arrebatador. É hipnotizante olhar para aquela quantidade absurdamente grande de água que jorra sem parar. Tanto é que eu, quando estive lá, não me desfiz do desejo de captar o máximo possível daqueles momentos e movimentos.

A minha obsessão era tanta que eu nem me preocupei se aquelas gotas de água iriam danificar a minha querida câmera fotográfica. E, cá entre nós, não eram somente gotas, mas sim, lambidas de água, bem incisivas e intensas.

Logo eu, que tenho tanto cuidado com todos os meus apetrechos! Eu fico realmente chateada quando minhas coisas começam a se estragar. Na minha cabeça, tudo tem que durar décadas. E não é que a minha máquina fotográfica fosse assim uma Brastemp. Aliás, se a Brastemp se lançasse no ramo da fotografia, eu ia ficar tão desconfiada quanto fico quando vejo os tais travesseiros com tecnologia da NASA. Mas, enfim. A minha câmera não era uma super câmera não. Era bem simplesinha, mas eu gostava muito dela e queria que ela tivesse ainda muitos anos de clics.

Pois é, pessoal, mas aconteceu. Enquanto eu Continue reading “o lado TARADO de UM QUATI” »


O lado grandioso das Cataratas do Iguaçu.

Eu, em primeiro plano, com capa de chuva e, ao fundo, as cataratas.

Chiqueza nas Cataratas.

Nas duas vezes em que viajei com excursão, de Madri para outro país, conheci espanhóis que, ao saber que sou brasileira, me disseram, animados, que conheciam lugares do Brasil. Salvador, Rio, Pipa, Foz do Iguaçu e Manaus e a Floresta Amazônica eram alguns deles. E eu respondia, um pouco constrangida, que não conhecia nenhum desses lugares. Bom, o Rio, sim, mas, sendo eu de Niterói, conhecer o Rio não é um grande feito. Era quase minha segunda cidade, em muitas etapas da minha vida.

Também não fiquem achando que eu só me movi de Niterói para o Rio, por favor. Esta pessoa aqui que vos escreve já foi muito a São Paulo na infância (cidade dos sonhos para mim e meu irmão nessa fase), Paraty e Búzios, no Estado do Rio… Bom, São Gonçalo também. Bauru, interior de São Paulo, a gaúcha Santa Maria, a capixaba Vitória e a mineira Belo Horizonte. Todas para um encontro de estudantes de Design. E cidades históricas mineiras, como Tiradentes e Ouro Preto.

Mas foi em agosto de 2016, que eu finalmente saí da Região Sudeste para conhecer as famosas Cataratas do Iguaçu, no Paraná. Bom, já tinha saído, quando estive em Santa Maria, RS (óbvio que isto não são risos), mas tinha sido só uma vez. Continue reading “o lado GRANDIOSO das CATARATAS DO IGUAÇU” »


Os dois lados de Rodes.

Eu, no porto de Rodes. Vê-se o mar bem azul, mais para o tom escuro. O céu azul claro e sem nuvens. A cidade amuralhada ao fundo.

Uma jovem loba do mar!

A Grécia tem uma verdadeira coleção de ilhas. Todas belas e paradisíacas, coloridas com aqueles azuis vivos e abençoadas com um clima maravilhoso no verão. Ocorre, porém, que nem todas são badaladas. E isso é bom para aqueles que querem ter a alternativa aos grandes burburinhos.

Pelo jeito como estou escrevendo, parece que eu conheço alguma dessas ilhas secretas e resguardadas da maioria dos turistas. Mas não. Sei que existem, mas quando estive na Grécia, visitei logo as mais famosas e movimentadas. Afinal, fiz um cruzeiro pelas ilhas e, normalmente, os seus itinerários procuram atender a demanda da maioria dos consumidores. E, sim, eu fazia parte desse grupo. Eu queria conhecer Míkonos e Santorini. Não queria conhecer Pelekas, em Corfu, por exemplo, naquele momento. Não inventei esses nomes não, tá?

E, confessando a minha ignorância aqui, eu não sabia da existência de nenhuma das ilhas que figuravam no itinerário. Só conhecia os nomes Míkonos e Santorini mesmo. “Rodes? Que lugar é esse? Nunca ouvi falar, mas a programação diz que vamos passar um dia inteiro lá!”, pensei eu, lendo o folheto que informava sobre as paradas do navio. Continue reading “os DOIS lados de RODES” »


O lado medieval de uma praia.

Vista do alto da muralha da praia.

Começo falando de Barcelona. Mas todas as fotos são de Tossa de Mar!

Barcelona é uma cidade fantástica e é banhada pelo Mar Mediterrâneo que lhe confere temperaturas agradáveis de água. Não chega a ser morna como as águas das praias do México ou do Nordeste do Brasil. É uma água fresquinha, mas não gelada, como a das praias de Galícia. Quem já frequentou alguma praia galega sabe a que me refiro. Brrrrrrr!

O visual das praias barcelonesas, no entanto, pode deixar a desejar para nós, brasileiros. É que não existem muitos acidentes geográficos em volta. Então, o que se tem é areia, céu e mar. Tudo bem, estes são os componentes principais e característicos de uma praia. Mas é que nós estamos acostumados com umas firulinhas mais. Um morro, uma montanha, uma floresta, umas árvores garbosas, uma saliência do continente mar adentro. Continue reading “o lado MEDIEVAL de UMA PRAIA” »