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Oh… my… God.

Resolvi voltar a escrever neste blog pela segunda vez. A primeira foi há quase um ano!

Sim, vejo que tenho um rascunho escrito em maio de 2022. Escrevi, escrevi e não publiquei. E pior: nem terminei o texto.

Mas achei válido. Achei honesto, achei autêntico. E, por isso (e porque quem manda aqui sou eu), vou revelá-lo ao mundo. Quem se importa, afinal? Aí vai, mas não criem expectativas.

:: Início do texto escrito em maio de 2022

Gente do céu! Faz tanto tempo que não escrevo neste blog e, quando entro, me deparo com uma porção de novidades. De repente, parece que não basta escrever e pronto. É um tal de “blocos”, de “biblioteca”… Uma interface que eu nunca vi antes e, por isso, acaba por ser tão inóspita.

Mas confio que os designers responsáveis pela mudança fizeram bem e, sem dúvida, dentro de alguns dias já estarei habituada. A isso chamamos “design intuitivo”, né? Um pouco de redundância, talvez.

Isto me faz traçar um paralelo com o uso do meu corpo. Comecei a fazer ioga, estou na quarta aula. A princípio, estou fazendo um dia por semana, vamos com calma aí.

Parece incrível que, de posse de um instrumento há quase 42 anos, existam muitos impedimentos e até certa estranheza com relação a ser capaz de fazer ou não tal movimento. Sim, estou falando de movimento, ainda nem cheguei no mérito de conseguir fazer esta ou aquela posição.

O professor diz: “un paso largo para trás y apoyamos rodilla izquierda” e só isso é suficiente para eu ter que parar e pensar: “ah, lado direito é este, logo o esquerdo é este aqui, o joelho esquerdo é este e a perna direita é esta aqui… esta vai para cá a outra vai para lá…” Enfim… parece que passo mais tempo tentando desvendar o que é direita e esquerda do que de fato praticando ioga.

Eu acho graça de mim mesma. Mas ninguém ri. São todos muito educados!

Tento copiar a colega do lado. Ah, agora sim! No entanto, na última aula me puseram mais atrás, sem ninguém perto o suficiente. O jeito foi abstrair e imaginar meu corpo fazendo o que o professor dizia e também fazia. Como ele sempre está de frente para mim, a minha reação natural é fazer os movimentos por reflexão, coisa que não pode ser.

Pelo visto, a prática de ioga para mim tem um bônus:

:: Fim do texto escrito em maio de 2022

Sim, é isso mesmo. Acaba assim. E, mais desesperante: eu não sei que raio de bônus é esse que eu considerava que a prática de ioga tinha. Quem tiver algum palpite, fique à vontade.

Está parecendo aquelas provas de Português e Literatura em que o enunciado pergunta: “O que quis dizer o autor com a frase tal?” Uma vez um escritor, que ainda vivia, leu uma dessas questões de prova e também a resposta do gabarito, e disse: “É mesmo? Eu quis dizer isso?”

Pois estejam cientes de que nem deste meu texto eu me lembrava. Parece até que foi outra pessoa que o escreveu.

Agora, enquanto escrevo estas linhas, não posso deixar de considerar que há a possibilidade de que eu não publique este texto de novo. E, quem sabe, em maio de 2024, volte aqui com a mesma lengalenga.

Enquanto eu não largo tudo e fecho o computador, deixem-me dizer que continuo frequentando as aulas de ioga. Agora faço duas vezes por semana, não só uma. A fotografia que eu pretendo colocar aqui como ilustração deste post foi feita em junho ou julho do ano passado. Representa uma grande avanço para mim, já que, nas primeiras aulas, eu tinha medo (sim, medo) de jogar as pernas para trás da cabeça.

Apesar de saber que eu não corria o risco de sair rolando para trás, eu tinha um certo pânico. Durante as aulas o professor recomendou que eu fizesse a posição com uma parede atrás. Tentei também em casa e consegui.

O papo está muito bom, mas é melhor eu publicar logo isto ou ano que vem, virei aqui de novo e terei mais enigmas a desvendar sobre meu próprio texto.


O lado livraria de um restaurante.

Lupe no colo de Mamãe :-)

Com a companhia da cachorrinha Lupe para lá e para cá, o leque de opções olfativas dessa mascotinha aumentou consideravelmente. E nós, seus acompanhantes, também tivemos que farejar alternativas de lugares aonde ir para almoçar, por exemplo.

Um dos restaurantes mais legais que existem em Madri e que permitem a entrada de cachorros é o “El dinosaurio todavía estaba allí”. Já começa pelo nome, que eu achei o máximo. Procurando na internet, soube que faz referência a um micro conto do escritor guatemalteco Augusto Monterroso. Como trata-se de um micro conto, posso transcrevê-lo agora mesmo, sem problemas:

“El dinosaurio

Cuando despertó, el dinosaurio todavía estaba allí.”

FIM :-)

Ao chegar lá, percebe-se que o local é cheio de estilo. Estantes feitas com papel corrugado e repletas de livros encantam o ambiente. E, claro, alguns dinossauros também marcam presença.

Mas nome bonito e decoração estilosa não enchem barriga, né? E a comida é uma delícia!

CONTINUA…


O lado prático de viajar com cachorro em avião.

Lupe eu com tulipas na Holanda.

No parque Keukenhof, em Lisse, na Holanda.

Tenho uma grande amiga que mora com minha grande Mamãe, no Brasil. A vinda da minha mãe a Madri era algo já muito desejado há bastante tempo. Quando houve a oportunidade, decidimos que Lupe, essa grande amiga minha, viria também a Madri com a nossa querida Mamãe.

Lupe é uma cachorrinha yorkshire terrier. É pequenina e muito atenta e carinhosa. As coisas de que ela mais gosta de fazer são: passear, cheirar todas as pedras, postes, manchas pelo caminho, fazer quinhentos xixis, fazer festinha para praticamente todos os humanos que encontra, tomar aguinha de coco, comer pedacinhos de banana e ficar grudada na Mamãe. Essa Mamãe é a minha mãe. Mamãe é o nome da minha mãe para Lupe, meu irmão e eu.

Por isso, nada mais coerente que ela viesse também a Madri. Lupe entende muitas coisas, mas ela não sabe compreender o que é um dia, um mês ou dois meses. Como houve pessoas que saíram de casa e nunca mais voltaram (não estou me referindo a mim), por que deixar a bichinha apreensiva, em casa, enquanto a Mamãe viaja durante dois meses? Mesmo sabendo que ela seria muito bem cuidada pelo meu irmão, decidimos que Lupe viajaria de férias com a Mamãe. Continue reading “o lado PRÁTICO de VIAJAR COM CACHORRO EM AVIÃO” »


O lado thriller de um lanchinho.

Estava eu tranquilamente dentro de um Starbucks, em Madri, enquanto tomava uma xícara de café (uma piscina de café, cá entre nós) e saboreava um delicioso cookie verde de pistache.

Eu tinha acabado de chegar e a minha intenção não era só merendar, mas também escrever um pouco. Não sei por quê, mas muitas vezes gosto de fazê-lo com o burburinho de uma cafeteria em volta.

Tirei da bolsa o celular e o coloquei em cima da mesa. Tirei a tablet da bolsa também e a liguei para acessar o WordPress. Tudo isso bem sossegadamente.

De repente, escuto uma moça gritar algo que não me lembro, mas que a fazia soar meio desesperada. Continue reading “o lado THRILLER de UM LANCHINHO” »


O lado inusitado de um fotógrafo.

Entrada à exposição.

Em Madri existe um centro cultural que eu adoro. É o CaixaForum, gerido pelo banco La Caixa.

A primeira coisa que chama a atenção é o imenso jardim vertical que dá vida à parede do seu pátio externo. Trata-se de uma fachada coberta de plantas e, em algumas temporadas, flores. Vez por outra, passo por ali no momento da rega e é bem simpático de se ver.

Mas não era sobre isso que eu vim aqui escrever.

Dia desses, estive lá para ver uma exposição que me pareceu muito interessante. Chama-se “¡Sorpréndeme!”, sobre o fotógrafo Philippe Halsman. Um belo de um banner com a diva Marilyn Monroe saltando é o convite para entrar no centro cultural e conhecer e admirar a obra de Halsman.

A vida do fotógrafo americano e de origem judaica já começa bem inusitada. Para início de conversa, Continue reading “o lado INUSITADO de UM FOTÓGRAFO :: Philippe Halsman” »


O lado nudista de Barcelona

Era relativamente comum ouvir falar da ocorrência de pessoas nuas em Barcelona, quando comecei a morar lá, na temporada de 2008/2009. “Gente pelada na cidade era assunto de rodinha de amigos, Adriana?” Não foi isso que eu quis dizer. O “relativamente” não foi usado à toa aqui.

Antes de ir morar em Barcelona, o tema em questão não estava presente na minha vida cotidiana em nenhum grau, em Niterói ou no Rio. E, sabe-se lá por quê, quando passei a ser moradora daquela cidade, não é que o assunto fosse muito frequente, mas ele passou a existir.

Logo nos primeiros dias, ao me encontrar com uma amiga minha, também brasileira, que conheci pela internet, fiquei sabendo que ela tinha visto, não fazia muito tempo, um homem pedalando uma bicicleta completamente nu.

As torres (pináculos) do templo da Sagrada Família, entre uns ramos de uma árvores.

Esta é a Sagrada Família, atrás de uns ramos de árvores.

Continue reading “o lado NUDISTA de BARCELONA” »


The dark side of Madrid

Do lado esquerdo, a Puerta de Alcalá. Do lado direito, o capacete do First Order Stormtrooper.

Capacete de um First Order Stormtrooper e a Puerta de Alcalá.

Uma coisa que estou percebendo que não sou é oportunista. Já fazem umas boas semanas que se deu a estreia do mais novo longa da saga Star Wars. E eu só venho com este post agora. Ok. Ou eu não sou oportunista ou é falta de planejamento mesmo.

E já faz tempo também que a exposição Face The Force chegou ao seu fim, aqui em Madri. Continue reading “the DARK side of MADRID” »