Arquivo do Autor: Adriana Rivas

[para comer] ESCONDIDINHO DE CARNE MOÍDA

A primeira vez que preparei um escondidinho foi para uma festa junina que fiz em casa, em Madri, para uns amigos meus. O recheio escolhido foi carne seca e todo mundo adorou! Até hoje tem gente que me pergunta quando vou fazer outro. São sempre as mesmas duas pessoas, mas, enfim, é verdade.

De lá para cá, fui melhorando – e muito! – na execução do prato. Ouvi a crítica construtiva da minha querida amiga Lili, que disse que a massa estava boa, porém muito “doce” ainda. Ela é mineira e cozinha maravilhosamente bem. Não quero reforçar estereótipos. Você que é mineira e, por acaso, não sabe ou não quer cozinhar, está certa também. :-)

O fato é que eu, que não sou boba nem nada, considerei a opinião da Lili e persegui a ideia de fazer uma massa mais temperada, além de mais fofinha. E o recheio? Não voltei a fazer de carne seca porque aqui é mais difícil de encontrar, só havendo em loja especializada em produtos brasileiros. Já o aipim é muito fácil de achar e tem o nome de yuca.

Agora vamos à receita de escondidinho de carne moída. Então, vamos lá!

Usei para a massa:

* dois aipins (juntos, pesavam 1,5 kg)

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O lado livraria de um restaurante.

Lupe no colo de Mamãe :-)

Com a companhia da cachorrinha Lupe para lá e para cá, o leque de opções olfativas dessa mascotinha aumentou consideravelmente. E nós, seus acompanhantes, também tivemos que farejar alternativas de lugares aonde ir para almoçar, por exemplo.

Um dos restaurantes mais legais que existem em Madri e que permitem a entrada de cachorros é o “El dinosaurio todavía estaba allí”. Já começa pelo nome, que eu achei o máximo. Procurando na internet, soube que faz referência a um micro conto do escritor guatemalteco Augusto Monterroso. Como trata-se de um micro conto, posso transcrevê-lo agora mesmo, sem problemas:

“El dinosaurio

Cuando despertó, el dinosaurio todavía estaba allí.”

FIM :-)

Ao chegar lá, percebe-se que o local é cheio de estilo. Estantes feitas com papel corrugado e repletas de livros encantam o ambiente. E, claro, alguns dinossauros também marcam presença.

Mas nome bonito e decoração estilosa não enchem barriga, né? E a comida é uma delícia!

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[para comer] PESTO DE MANJERICÃO

Delícia!

Tudo começou quando eu ganhei, da minha prima, umas sementinhas de manjericão. Eu simplesmente adoro manjericão e estava obstinada a plantá-las e fazê-las crescer bonitas e apetitosas. Shhhhh… Elas que não me escutassem.

A primeira tentativa não deu certo. As sementes germinaram mas não cresceram muito. Foi quando, meses depois, vi em uma lojinha um potinho de plástico com vários buraquinhos e uma tampa transparente. Era uma espécie de berçário de pequenas plantinhas. Enche-se cada buraquinho com terra e, em cada um deles, algumas sementes são plantadas. Rega-se e mantém-se coberto com a tampa transparente que é uma espécie de redoma.

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O lado autoritário de um guia.

Belas mesquitas no centro histórico do Cairo.

Era a última noite do último dia de excursão pela cidade do Cairo. Em companhia do grupo, que se resumia a uma adorável família que vivia em Madri, eu havia passado quatro dias intensos, de cultura e conhecimento, e relaxantes, de conversas e gargalhadas.

Esses quatro dias no Cairo tinham sido a segunda parte da viagem, que começou com um cruzeiro pelo Nilo, com paradas nas cidades que haviam sido as principais no Antigo Egito. No cruzeiro, o nosso guia era outro, bastante diferente do guia da excursão em terra. Todas as pessoas são diferentes entre si, claro. Mas esse guia do Cairo chamou a minha atenção por diversos motivos, os quais contarei aos poucos.

Como tudo que começa tem um fim, lá estávamos nós, contentes que só, aproveitando as últimas horas do último dia, sempre em companhia do guia. Ele nos levou para jantar em um restaurante que tinha uma parte externa com mesinhas e cadeiras. A ideia era experimentar mais alguma comida típica dali. Pedimos arroz enrolado em folhas de parreira e, para complementar, um prato de frango com arroz e especiarias.

Eu disse que esse guia era peculiar, não? Pois bem. Desde o primeiro dia, ele Continue reading “o lado AUTORITÁRIO de UM GUIA” »

O lado prático de viajar com cachorro em avião.

Lupe eu com tulipas na Holanda.

No parque Keukenhof, em Lisse, na Holanda.

Tenho uma grande amiga que mora com minha grande Mamãe, no Brasil. A vinda da minha mãe a Madri era algo já muito desejado há bastante tempo. Quando houve a oportunidade, decidimos que Lupe, essa grande amiga minha, viria também a Madri com a nossa querida Mamãe.

Lupe é uma cachorrinha yorkshire terrier. É pequenina e muito atenta e carinhosa. As coisas de que ela mais gosta de fazer são: passear, cheirar todas as pedras, postes, manchas pelo caminho, fazer quinhentos xixis, fazer festinha para praticamente todos os humanos que encontra, tomar aguinha de coco, comer pedacinhos de banana e ficar grudada na Mamãe. Essa Mamãe é a minha mãe. Mamãe é o nome da minha mãe para Lupe, meu irmão e eu.

Por isso, nada mais coerente que ela viesse também a Madri. Lupe entende muitas coisas, mas ela não sabe compreender o que é um dia, um mês ou dois meses. Como houve pessoas que saíram de casa e nunca mais voltaram (não estou me referindo a mim), por que deixar a bichinha apreensiva, em casa, enquanto a Mamãe viaja durante dois meses? Mesmo sabendo que ela seria muito bem cuidada pelo meu irmão, decidimos que Lupe viajaria de férias com a Mamãe. Continue reading “o lado PRÁTICO de VIAJAR COM CACHORRO EM AVIÃO” »

O lado tarado de um quati.

Uma das últimas fotos tiradas.

Contemplar as Cataratas do Iguaçu é algo realmente arrebatador. É hipnotizante olhar para aquela quantidade absurdamente grande de água que jorra sem parar. Tanto é que eu, quando estive lá, não me desfiz do desejo de captar o máximo possível daqueles momentos e movimentos.

A minha obsessão era tanta que eu nem me preocupei se aquelas gotas de água iriam danificar a minha querida câmera fotográfica. E, cá entre nós, não eram somente gotas, mas sim, lambidas de água, bem incisivas e intensas.

Logo eu, que tenho tanto cuidado com todos os meus apetrechos! Eu fico realmente chateada quando minhas coisas começam a se estragar. Na minha cabeça, tudo tem que durar décadas. E não é que a minha máquina fotográfica fosse assim uma Brastemp. Aliás, se a Brastemp se lançasse no ramo da fotografia, eu ia ficar tão desconfiada quanto fico quando vejo os tais travesseiros com tecnologia da NASA. Mas, enfim. A minha câmera não era uma super câmera não. Era bem simplesinha, mas eu gostava muito dela e queria que ela tivesse ainda muitos anos de clics.

Pois é, pessoal, mas aconteceu. Enquanto eu Continue reading “o lado TARADO de UM QUATI” »

O lado caixinha de surpresas de um cara.

No centro histórico de Santarém, em Portugal.

Chegamos ao ponto de encontro. A esplanada da Pastelaria Bijou, no centro histórico de Santarém, era o local. Faltavam, ainda, 10 minutos para a hora marcada. No dia anterior, tínhamos chegado atrasadas, pois nos havíamos perdido pelo caminho, vejam só! De modo que, desta vez, queríamos impressionar pela pontualidade.

Minha mãe perguntou a um dos garçons se podíamos ocupar uma das mesas que estavam no calçadão. Apesar do calor que fazia, como estávamos acompanhadas de Lupe, a cachorrinha, a esplanada era a opção viável. Esplanada é como os portugueses chamam o conjunto de mesinhas que ficam na calçada de algum restaurante ou cafeteria.

Muito bem, ele disse que sim e nos sentamos. Reparamos, então, que havia um senhor de pé, encostado na fachada de uma das casas da rua. Ele vestia uma camisa vermelha com algo escrito e segurava alguma coisa. Falava bem baixinho e quase ininterruptamente. Achei que fosse algum vendedor de loterias beneficentes, tipo da Cruz Vermelha ou coisa parecida. Ele estava parado naquele ponto e ali ficou. Continue reading “o lado CAIXINHA DE SURPRESAS de UM CARA” »