O lado original do macaron.

Vários macarons, de diversas cores, em uma caixa.

Quase colecionáveis. :-)

Para mim, é quase impossível dissociar a bela cidade de Paris dos elaborados, saborosos e também belos docinhos que se produzem ali. Uma das melhores coisas a fazer na cidade é caminhar pelas suas ruas e parques, apreciando os detalhes e sentindo a vida que corre nessa grande metrópole.

Sendo assim, é inevitável deparar-se com apetitosas vitrines que exibem doces e tortas que mais parecem obras de arte. Mesmo que não se coma, o prazer da visão já é satisfeito. Mas quem quer só satisfazer a visão, não é?

Um dos docinhos mais conhecidos é o macaron. A primeira vez que ouvi esse nome fiquei intrigada, já que não remete a nada do mundo das sobremesas. Macaron lembra muito macarrão. Como adoro assistir a documentários sobre comida, logo me informei de que o motivo é que a sua origem é italiana e macaron vem de “macarrone”, palavra italiana para designar massa.

Mas, se o macaron veio da Itália, como foi que ele se transformou em praticamente um símbolo da França? Aí é que está!

Quem aprecia esses sedutores docinhos provavelmente já ouviu falar que eles eram os preferidos da nobre Maria Antonieta. Pois muito bem. Eu não sei se isso é verdade, só sei que quem levou a receita da Itália para a França foi a italiana Catarina de Médici, quando se mudou, no séc. XVI, com a sua corte pra lá, ao se casar com o rei francês Henrique II.

O curioso é que, nessa época, eles não eram como se apresentam hoje em dia, sendo simplesmente bolachinhas de merengue com amêndoas trituradas. Não tinham recheio e nem eram coloridos. Que tempos mais tristes!

Duas fotos combinadas. Ambas mostram macarons em uma vitrine na confeitaria Laduree.

Vitrines da Ladurée.

Quem ficou conhecido por ter colado um macaron no outro com um pouco de ganache foi Pierre Desfontaines, neto de Louis-Ernest Ladurée, na confeitaria de mesmo nome, conhecem? Ao fazer um sanduichinho com duas das bolachinhas, Pierre Desfontaines deu origem ao macaron na configuração em que o conhecemos hoje, chamada de macaron de dois andares, em 1930.

De lá para cá, muita ganache rolou. O modo de preparo do merengue também foi se modificando e os sabores foram se diversificando. Não sei em que momento esses quitutes começaram a receber as primeiras gotas de corante. Só sei que eles são lindos e eu sempre tenho vontade de comprar exemplares de todas as cores e pendurá-los nas paredes de casa, de tão bonitos que eles são. Mas é óbvio que vontade é uma coisa que dá e passa, já dizia a minha mãe.

Os macarons mais famosos são, portanto, os da Ladurée. Mas há quem diga que os melhores são os da Pierre Hermé.

A confeitaria Laduree, na Champs Elysees.

A Ladurée da Champs Élysées, em Paris.

Macarons de diversas cores, dentro de uma caixinha lilás, da Laduree. Os macarons estão um pouquinho quebrados porque viajaram de avião. :-)

Macarons que comprei na Ladurée. Fiquei de palhaçada de não comer, guardei dentro da mala que despachei e aí deu nisso: tudo quebrado!

Falando em corante, uma vez, navegando na internet (adoro usar essa expressão de tia velha, é o que sou), topei com um vídeo que ensina a fazer corantes em casa, usando frutas e verduras. É um vídeo lindo e, quando eu finalmente me aventurar a fazer macarons, vou usar esses corantes da natureza. É da Raíza Costa. Aqui está:

Saibam mais:

. sobre o macaron

. sobre a Ladurée

. site da Ladurée

. site da Pierre Hermé (que dizem que são os melhores; ainda não os provei)

. site do Moulin Chocolat (que eu digo que são os melhores de Madri)

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