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O lado original do macaron.

Vários macarons, de diversas cores, em uma caixa.

Quase colecionáveis. :-)

Para mim, é quase impossível dissociar a bela cidade de Paris dos elaborados, saborosos e também belos docinhos que se produzem ali. Uma das melhores coisas a fazer na cidade é caminhar pelas suas ruas e parques, apreciando os detalhes e sentindo a vida que corre nessa grande metrópole.

Sendo assim, é inevitável deparar-se com apetitosas vitrines que exibem doces e tortas que mais parecem obras de arte. Mesmo que não se coma, o prazer da visão já é satisfeito. Mas quem quer só satisfazer a visão, não é?

Um dos docinhos mais conhecidos é o macaron. A primeira vez que ouvi esse nome fiquei intrigada, já que não remete a nada do mundo das sobremesas. Macaron lembra muito macarrão. Como adoro assistir a documentários sobre comida, logo me informei de que o motivo é que a sua origem é italiana e macaron vem de “macarrone”, palavra italiana para designar massa.

Mas, se o macaron veio da Itália, como foi que ele se transformou em praticamente um símbolo da França? Aí é que está! Continue reading “o lado ORIGINAL do MACARON” »

Os vários lados do churro.

Três churros, fininhos, com uma xícara de chocolate.

Estes são os churros espanhóis: fininhos e acompanhados de uma xícara de chocolate quente.

Bastante popularizado no Brasil pelo seriado mexicano Chaves, o churro é originário da Espanha e de Portugal. Ao que parece, a ideia do churro veio da China, mas tratava-se de uma massa esticada e não extrudada, como é o caso do nosso conhecido. É considerado um doce, mas a sua massa, na verdade, é até salgada, tendo, como ingredientes, água, farinha de trigo e sal. O sabor doce fica por conta do açúcar que se salpica por fora e do chocolate quente que habitualmente se toma para acompanhá-lo.

No Brasil, o churro é comumente chamado de churros. Ou seja, mesmo quando é um só, dizem “o churros”. O curioso é que, no Brasil, o churro é consumido unitariamente. Já na Espanha, Continue reading “os VÁRIOS lados do CHURRO” »

O lado pop de um sorvete

Em close, o sorvete, de cor branca, e no meio de dois biscoitos, tipo um sanduíche. Vê-se a minha mão segurando o sorvete. Ao fundo está a loja.

6°C: temperatura ambiente ideal para tomar sorvete sem pânico.

Enquanto passeava por uma das ruas mais movimentadas e comerciais de Amsterdam, a Nieuwendijk, vi duas senhorinhas alegres freneticamente tomando um sorvete branco servido em casquinhas. “Nossa! Muita vontade mesmo de tomar sorvete neste frio! Nunca viram sorvete na vida ou o quê?”, pensei. Bastou dar alguns passos mais adiante para um dos meus amigos anfitriões dizer “Aqui se vende um sorvete que é típico. Se quiser experimentar, está ali”, apontando para uma simpática e bem cuidada lojinha. Continue reading “o lado POP de um SORVETE” »

o lado surpreendente de um peixe cru

Eu segurando um pratinho de papel que contém o haring, a cebola e o picles.

Apresento-lhes o haring!

Foto mostra parte da barraquinha que vende haring, decorada com um banner que tem as cores da bandeira holandesa (vermelho, branco e azul) e uma imagem do haring.

Lisinho, lisinho!

Estava eu em Amsterdam, visitando três amigos meus que moram ali (um deles, um bulldog francês adorável), quando recebo uma mensagem de uma amiga, com quem havia trabalhado no Rio, quatro anos atrás. Ela viu que eu tinha publicado umas fotos da minha ida ao Museu Van Gogh e, como ela também estava na cidade, resolveu entrar em contato. Que bom!

Quando nos encontramos, ela me contou sobre o haring, um peixe cru, bastante salgado, que é bem típico de Amsterdam. Eu já tinha ouvido falar sobre essa comida, mas, pela descrição, não parecia apetitoso. Além disso, me haviam dito que os arenques eram pescados nos canais da cidade e, embora eu nem tivesse reparado se a água tinha bom aspecto ou não, esse dado não me pareceu nada convidativo. Tenho inculcado na minha cabeça que água de canal é ruim. Não sei se é o caso.

Mas essa minha amiga veio com um argumento certeiro: “Você não é de Niterói? Os peixes do Mercado São Pedro são da Baía de Guanabara!” Diante disso, me enchi de vontade de experimentar o tal haring. Eu, que já gosto de provar comidas diferentes, só precisava de um empurrãozinho.

O haring é vendido tipicamente em barraquinhas de rua. É servido com cebola crua cortada em cubinhos e picles por cima. O peixe é o arenque e, pelo que li depois, a sua procedência são os mares do norte, não os canais. A forma tradicional de comê-lo é assim mesmo, apenas o peixe, a cebola e o picles. Continue reading “o lado SURPREENDENTE de UM PEIXE CRU” »

O lado malvado de um patê.

Fachada do bar Ideas Peregrinas.

Uma gracinha de lugar!

Dia desses fui parar lá em Tui. Pois é, de vez em quando, eu praticamente me teletransporto para outro lugar. E desta vez foi para Tui, uma cidadezinha bem pequena, na região da Galícia, noroeste da Espanha.

O lugar é bem bonito, tendo uma catedral em estilo gótico bastante bem conservada e que oferece ao entorno muita beleza, especialmente ao anoitecer, quando o céu está azul escuro fosforescente e suas texturas estão devidamente valorizadas através de uma iluminação cuidadosa. Tui é bem sossegada mas com uma certa movimentação de gente, já que o Caminho de Santiago passa por ali. Ou melhor, um dos caminhos, pois existem vários.

Chegada a hora de jantar, uma opção interessante acenou para mim, ao rolar a tela do Tripadvisor. Continue reading “o lado MALVADO de UM PATÊ” »

o lado saboroso de Bilbao

Um copo de cerveja (zurito) e um pintxo.

Um zurito acompanhado de um delicioso pintxo.

“Os animais têm uns bicho interessante / imaginem só como é o pintxo de um elefante”. Quem não se lembra desses deleitosos versos que animaram os anos 90? Mas hoje vamos falar de outro pintxo, que nada tem a ver com esse, muito embora sempre me traga à lembrança a canção dos Mamonas.

“Pintxo” é a grafia basca para a palavra “pincho”, em castelhano. “Pinchar” significa espetar. Também tem o sentido de petiscar. Continue reading “o lado SABOROSO de BILBAO” »

O lado epopeico do salmorejo.

Salmorejo com jamón serrano e ovo cozido em cubinhos.

Salmorejo que preparei combinando com a minha mesinha dobrável. Ou o contrário.

Uma das invenções de que mais gosto na culinária espanhola é o salmorejo. O seu parente mais próximo, o gazpacho, talvez seja mais conhecido no Brasil. Pelo menos de nome.

A minha família por parte de pai é espanhola, mas eu nunca tinha experimentado gazpacho ou salmorejo quando estive com eles, na região conhecida como Galícia, ao noroeste da Espanha. Nem meu pai nunca preparou essas iguarias. Ao contrário, preparou e, muitas vezes, tantas outras delícias, típicas da sua região. Continue reading “o lado EPOPEICO do SALMOREJO” »