O lado poético de Míkonos

A Pequena Veneza. Uma calçadinha estreita, de pedras. Casinhas brancas. Cadeiras para as pessoas sentarem e admirarem o mar, que está rente à calçada. Pessoas na calçada e nas cadeiras. Os moinhos estão ao fundo e o mar está levemente agitado.

Que visão!

Míkonos foi a primeira parada do cruzeiro marítimo que fiz pelas Ilhas Gregas em agosto de 2013. O navio tinha partido de Atenas, bem cedinho. Não me lembro da hora, mas era bem cedo sim.

E foi à tardinha que atracamos em Míkonos, uma das mais conhecidas ilhas do Mar Egeu. O sol estava brilhando ainda e, no céu, quase não havia nuvens. Mas já se notava que, em algumas horas, ele iria desaparecer, sabem como? A sua luz estava naquela fase alaranjada. Não ele, mas a luz mesmo. Estava bonita, envolvia a todas as pessoas (e gatos) e, a todos, nos embelezava.

O porto da cidade é tão gracioso que, quando saímos do navio, estivemos um bocado de tempo admirando o entorno e tirando fotos. Ah, esqueci de dizer que, no momento em que eu desembarcava, escutei um grupo de brasileiros conversando entre si. Fiz, então, a pergunta óbvia: “Vocês são brasileiros?” E eles me responderam que sim. Que surpresa, não? Todos eram muito simpáticos e uma das meninas era de Niterói também! Olha que coincidência. Me juntei a eles e fomos conhecer a ilha.

A vista de Míkonos, saindo do navio.

Saindo do navio.

Míkonos é pequenina e o seu grande atrativo é o ambiente festivo e muito gostoso. Por festivo podemos entender desde grandes baladas noturnas até singelos cafés da tarde pela orla da Pequena Veneza, o bairro de casinhas brancas construídas praticamente junto ao mar. A hora em que cheguei era esta, a da contemplação da natureza.

Como era bonito ver todo mundo feliz, ocupando as mesinhas dos bares e apreciando a paisagem marítima! Podia ser que houvesse alguém triste ali no meio. Quem sabe, né? Mas era uma alegria tão abundante que a resultante era feliz, sem dúvida. Eu olhava as pessoas, olhava aquele mar, a luz daquele Sol. Olhava, também, para dentro de mim, e só conseguia ter pensamentos felizes. Se se tratasse do conto do Peter Pan, eu iria começar a voar imediatamente.

Uma selfie que fiz sem querer. Estou na Pequena Veneza, com o sol iluminando o meu rosto e o vento bagunçando o meu cabelo.

Selfie involuntária: o melhor tipo de selfie!

Outro ponto bonito de se ver antes de o Sol se pôr são os cinco moinhos de vento que ficam no alto de uma pequena colina, a Kato Miloy. Houve um tempo, meus pequenos gafanhotos, em que Míkonos estava em uma rota marítima que a ligava à Veneza. Esses moinhos, hoje desabilitados, naquela época serviam para moer grãos trazidos pelos venezianos, que foram quem os construíram.

A colina e os cinco moinhos. E muitas pessoas por perto.

Os emblemáticos moinhos!

Bem pertinho da colina, está o que podemos chamar de centro urbano de Míkonos. Faz doer os ouvidos esse “urbano”, eu sei. Mas, como poderia dizer melhor? O centro comercial, o buxixo. O lugar onde a concentração de ruas é maior, principalmente porque são tão estreitas que a impressão que dá é que são muitas ruas espremidas em poucos metros quadrados. E são umas graças!

Eu em uma das ruas do centro. Vê-se o pavimento com pedras e as casinhas brancas.

Ruas estreitas e charmosas.

Todo o pavimento é de pedras grandes e, entre elas, o chão é pintado de branco. Mas é um branco tipo limpo. Difícil essa proeza no que vem a ser o caminho de milhares de pés. Mas, acreditem, é bem branco, assim como todas as casas que rodeiam os visitantes. Não sei que tipo de manutenção eles fazem lá, mas estou querendo saber qual é o segredo.

Passear por essas ruelas é relaxante. Tem muitas lojinhas, tem hotéis, tem restaurantes. Tem muitas pessoas sim. Mas eu acho relaxante. Não parece, mas eu gosto muito de pessoas.

Infelizmente, fiquei apenas uma tarde em tão adorável ilha. Sei que tem praias lindas também, mas não as experimentei. Como estava viajando de cruzeiro, a experiência de nadar em águas do Mar Egeu ficou reservada para outras ilhas, nas quais pararíamos nos dias que se seguiriam.

Da visita a Míkonos, ficou a alma lavada naquele momento, a saudade presente e a certeza de um dia voltar lá.

Eu em frente a uma igrejinha de cúpula azul.

Igrejinha típica e sorriso de felicidade por conhecê-la.

O mar tranquilo e as casinhas ao fundo. A areia, um pouco grossa.

Tranquilidade.

Eu segurando o cabelo que voava com o vento. Parece que tenho um bigodinho, com uma mecha de cabelo que ficou abaixo do nariz. Ao fundo se vê uma escadaria, o mar e as casinhas brancas.

O vento me deu um bigodinho “a la Salvador Dalí”.

O pôr do sol e muitas pessoas assistindo.

O Sol se despedindo gloriosamente.

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